Atenção, empresários: a fiscalização da LGPD vai dobrar em 2025 e quem não se adequar pode pagar caro. Descubra como evitar multas e proteger sua empresa.
A fiscalização da LGPD vai se intensificar em 2025 e sua empresa precisa estar pronta. A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) já anunciou mais rigor nas inspeções, aplicação de multas e exigência de medidas concretas de proteção de dados. Negócios de todos os portes – especialmente e-commerces, empresas de tecnologia, saúde e educação – serão alvos. Os erros mais comuns incluem coleta de dados sem consentimento, ausência de política clara de privacidade, falhas na resposta aos titulares e falta de segurança no armazenamento. As sanções podem chegar a R$ 50 milhões e comprometer seriamente a reputação da empresa. Neste artigo, explicamos como evitar penalidades com um plano prático de adequação à LGPD: mapeamento de dados, revisão de políticas, treinamento da equipe e implementação de um canal de atendimento aos titulares. Mais do que cumprir a lei, é uma chance de gerar valor, demonstrar transparência e conquistar a confiança dos clientes. Sua empresa está preparada para essa nova fase?
Introdução
Nos últimos anos, a proteção de dados pessoais deixou de ser um tema técnico restrito ao setor de tecnologia. Hoje, é uma prioridade estratégica para qualquer empresa que queira crescer com segurança e confiança. E em 2025, essa realidade vai se intensificar.
A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) já anunciou que vai aumentar o ritmo das fiscalizações, aplicar multas e exigir medidas reais de conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A pergunta que toda empresa deve se fazer agora é: “Estamos preparados?”
Por que a ANPD vai intensificar as fiscalizações em 2025?
Com o aumento de vazamentos de dados, golpes digitais e coleta indevida de informações, a ANPD está reforçando sua estrutura e ampliando sua atuação. O foco é transformar a cultura de proteção de dados no Brasil, cobrando postura proativa das empresas e penalizando quem ainda adota práticas amadoras ou negligentes.
Entre as principais medidas anunciadas, destacam-se:
- Fiscalizações mais frequentes e sem aviso prévio;
- Aplicação de sanções mais severas;
- Foco em empresas que tratam grandes volumes de dados, como e-commerces, fintechs, edtechs e healthtechs;
- Exigência de políticas claras de privacidade e práticas transparentes de coleta e uso de dados.
💬 “A ideia é transformar a cultura de proteção de dados no país”, disse um representante da ANPD. Ou seja, não tem mais espaço para amadorismo.
Quais erros mais comuns vão gerar multas?
Muitas empresas acreditam que estão seguras por terem uma política de privacidade publicada no site. No entanto, a LGPD exige muito mais do que isso. A ANPD vai concentrar esforços em identificar falhas como:
- Coletar dados sem consentimento claro;
- Não oferecer canal para exclusão ou correção de dados;
- Armazenar dados sem segurança técnica adequada;
- Ignorar solicitações de titulares para acessar ou alterar suas informações;
- Omitir incidentes de segurança e vazamentos de dados tanto à ANPD quanto aos usuários.
Essas falhas, mesmo em empresas pequenas, são passíveis de sanção. A ideia é garantir que toda empresa, independentemente do porte, esteja de fato comprometida com a proteção de dados.
Quais as consequências para quem não se adequar?
As penalidades previstas na LGPD são severas e podem impactar diretamente o caixa e a reputação da empresa.
Caso a empresa não consiga comprovar que obteve o consentimento dos titulares, pode ser aplicada uma multa de até 2% do faturamento anual, limitada a R$50 milhões por infração.
Se ocorrer vazamento de dados sensíveis, o valor da sanção pode chegar ao teto de R$50 milhões, além de danos à imagem institucional.
O não atendimento dos titulares de dados — como ignorar pedidos de acesso, correção ou exclusão — pode resultar em multas diárias, além da obrigação de corrigir a falha imediatamente.
Por fim, a ausência do Relatório de Impacto à Proteção de Dados (RIPD), especialmente em operações que envolvem dados sensíveis, pode levar à aplicação de sanções administrativas, como restrições operacionais e determinações corretivas pela ANPD.
Como preparar sua empresa para 2025?
Não é preciso transformar sua operação em um labirinto jurídico. Com planejamento e orientação, qualquer empresa pode se adequar à LGPD sem travar os negócios.
Passo a passo prático:
- Mapeie os dados: saiba que tipo de dado você coleta e por quê.
- Atualize sua política de privacidade: linguagem clara, fácil de entender.
- Garanta o consentimento: nunca colete dados sem uma base legal.
- Crie um canal para atender os titulares: e responda dentro do prazo legal.
- Treine a equipe: todos devem conhecer os fundamentos da LGPD.
- Tenha um plano de resposta a incidentes: vazou? Comunique rapidamente à ANPD.
- Elabore o Relatório de Impacto (RIPD): especialmente se você trata dados sensíveis.
💡 Dica de ouro: Use a intensificação da fiscalização como oportunidade de se destacar no mercado. Empresas que demonstram transparência e segurança geram mais confiança — e fidelizam mais clientes.
Conclusão
O ano de 2025 marca o início de uma nova fase da LGPD no Brasil: mais madura, mais técnica e, certamente, mais fiscalizada. A ANPD não vai tolerar falhas básicas, e as empresas que não se adequarem correm riscos reais — tanto financeiros quanto reputacionais.
Mais do que evitar multas, estar em conformidade com a LGPD é um diferencial competitivo. Empresas que cuidam dos dados dos seus clientes de forma transparente e segura se destacam no mercado, fidelizam mais e vendem melhor.
Sua empresa está preparada para essa nova fase?
O Escritório Rodrigues Advocacia atua com foco em soluções jurídicas rápidas e eficazes para empresas de tecnologia, startups e negócios digitais — com atendimento estratégico para adequação à LGPD sem burocracia.